quinta-feira, 28 de agosto de 2008

48 horas Trance (à força)...

Felizmente ou infelizmente até sou uma pessoa com elevada capacidade de ouvir de tudo um pouco, oiço quase todos os géneros musicais, e se não gosto à primeira costumo sempre dar uma segunda oportunidade, "ora vamos lá ouvir isto outra vez...talvez soe diferente...".

Conheci o género Trance graças à Patrícia minha colega e amiga, para aí no meu 10º ano. Era fanática por Trance e outras cenas maradas. Foi a partir daí que cada vez que ouvia Trance não tinha a tendência de desligar o rádio, ou o leitor de CD´s e conseguia ouvir aquilo durante alguns minutos. Mas atenção minutos!!! Quando são 48 horas seguidas é de dar cabo da cabeça!!!

Não, não andei a meter-me em nenhum festival marado tipo o Boom na Idanha. Desta vez foi o festival, ou a festa, ou o que raio que aquilo era que veio ter comigo!! E embora a quilómetros de minha casa, a música conseguia ouvir-se perfeitamente de dia e de noite!!! Claro que dormi de tampões nos ouvidos!! E ainda bem que acabou! Agora da próxima vez que eu disser que quero ir ao BOOM daqui a dois anos, por favor, atirem-me à ria, ou internem-me porque eu não estou bem!!!!


Hoje deixo-vos com The rip dos Portishead. E escusado será dizer que gostei desta música desde a primeira vez que a ouvi.

Foi amor à primeira escutadela...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Datas

Não gosto de datas!
Não gosto daqueles dias estipulados para fazermos não sei o quê, ou celebrarmos qualquer coisa. A verdade é que criamos imensas ilusões e depois os planos saem todos furados. Como por exemplo este ano, quando fiz os 20, a uma quinta-feira, ideal para jantar, sair com os amigos, mas não...fiquei em casa bem enfiadinha a estudar para o exame do dia a seguir. Ou seja mais vale não programar as coisas e tornar cada dia especial. Mas é bem verdade que não faz grande sentido comemorar o dia de anos noutra altura! Porque há datas para tudo e mesmo que não estejamos com muito bom humor para as comemorar, elas estão lá!!
Por incrível que pareça tenho uma memória fantástica para datas marcantes. Há sempre dias que não esquecemos! Como o 11 de Setembro, lembrado sempre pelos atentados às torres de NY, ah...estava aqui a lembrar-me que também é a minha data de Baptismo.
Seja como for há datas que ficam...e às vezes ignorar não é a melhor maneira!
Então respira-se fundo e pensa-se...bem, vamos lá fazer qualquer coisa, ou se a data for mesmo má...bem, daqui a pouco o dia acaba!


Deolinda
...conhecem??? O lema é: "cantar a tristeza rindo".
Já todos de certeza ouvimos o famoso Fado Toninho, mas eu prefiro esta:



Não sei falar de amor

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O farol

Sempre tive uma grande vontade de subir até ao farol. Talvez tenha alimentado esta ideia devido ao que o meu pai me dizia quando eu era pequena. Chamava-lhe o "Farol do Rufino". O tio Rufino, que era meio maluco, tinha um farol! As coisas assim até faziam sentido.
Quando por ali andava perto não havia vez nenhuma que não perguntasse:"Será que hoje o tio nos pode levar a ver o farol?". Como se alguém pudesse ser dono de um farol, ou de uma praia, ou até da lua! Ele ria-se e contava mais uma história dos homens no mar e desta luz fantástica que os guiava!
Até que um dia o tio Rufino morreu, e eu descobri que afinal não possuía o farol!
Então as minhas esperanças de um dia lá entrar foram completamente por água abaixo.
Só que anteontem, dei por mim a subir os 271 degraus da escada em caracol a correr. E ninguém me parou até chegar lá acima! Não era de noite, por isso não pude ver a luz que dele imana, apenas a paisagem.
De alguma forma dei por mim a rir e a lembrar-me do tio Rufino. Apeteceu-me dizer: "Ei!!! Estou aqui no teu farol!!!"


Fiquei encantada com a voz, com os acordes, com as árvores da Serra de Sintra.
Esta chama-se Bring your love e pertence ao álbum Song of the new heart de Mazgani.