segunda-feira, 3 de agosto de 2009

No woman no cry

Estive a ver fotografias do meu primeiro ano. Estive a observar um pouco o que eu era, e o que me fez crescer durante estes três anos. Principalmente as pessoas que me fizeram crescer.
Vi fotos lá de casa, e do espírito verdadeiro de uma casa de estudantes. E por momentos estive lá, estive à porta do quarto da Susana para lhe cantar os Parabéns, estive a tocar guitarra na ceia de Natal, estive a tirar fotos parvas com a Bete. Senti um pouco do espírito verdadeiro, para voltar a colocar os pés no chão e ver à minha volta o que este ano se perdeu.
Ficou tanto por fazer e tanto por dizer. Parece que nos concentrámos apenas no que não era essencial, no que era mais fútil e esquecemo-nos de ser felizes e aceitar simplesmente os momentos como eles nos apareciam à frente…esquecemo-nos das cartas, das horas do chá, das noites no telhado, dos filmes até às tantas, para mudarmos os nossos objectivos e nos fixarmos no objectivo de sermos uma malta fixe. A verdade é que sempre fomos malta fixe, talvez até mais fixe do que nestes últimos tempos. Tínhamos amigos, um espaço a partilhar, coisas interessantes para dizer.
Quando as coisas correm mal, eu costumo dar uma segunda oportunidade. Neste assunto sinto que já dei várias…e ao mesmo tempo, sinto, que ficou muita coisa inacabada. Muitas pedras ficaram por acrescentar ao nosso castelo.
Continuam a ter para mim mais valor os momentos que passei, a vontade de os reviver um bocadinho que seja, e a certeza de que ainda vou precisar muito das pessoas que ali estão, tanto como me foram necessárias durante estes três anos.
Sinto que me irei arrepender mais senão der tudo de mim nesta última vez, do que se fugir para ser uma miúda fixe. Não o sou, nunca fui, não é agora que virei a ser. Para mim o que tenho basta-me.





No woman no cry...na voz de Joss Stone.

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